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Fonte: Revista Info Antes de deixar o escritório, um recado para a rede social: "Saindo do trabalho. Casa em 45 minutos.  Sophia vem jantar às oito". A mensagem ativa o sistema de automação da casa, que coloca os eletrodoméstivos em ação: fogão, forno e micro-ondas ficam a postos para o preparo do jantar e o aspirador de pó faz uma rápida faxina na sala, deixando tudo em ordem para receber a visita. No caminho para casa, , mudança de planos: o jantar foi cancelado. Do carro, um novo recado é enviado para o sistema, que desativa o forno e fogão e prepara uma recepção calorosa para o morador solitário - com direito a lareira acesa, comida pronta e jogo de futebol na tv. As cenas fazem parte de um vídeo disponível no Youtube, sob o título de The Social Web of Things (a rede social das coisas), e mostram como poderá ser a vida no futuro de quem mora em uma casa automatizada e conectada à internet. Na verdade, a tecnologia que torna isso viável já está disponível e vem sendo incorporada rapidamente a um número cada vez maior de dispositivos e aplicações: a comunicação IP, que tem como base o protocolo da internet. De acordo com a pesquisa Visual Networking Index da Cisco, divulgada em maio, o total de dispositivos (fixo e móveis) conectados via IP deve chegar perto de 19 bilhões no mundo, em 2016. O estudo também revela que, nesse período, as conexões sem fio baseadas na tecnologia Wi-Fi deverão ser responsáveis por cerca de metade de todo o tráfego IP global. Já o número de smartphones e outros dispositivos móveis conectados poderá ultrapassar a marca de 12 bilhões até 2020, segundo previsão da Associação GSM, entidade que reúne operadoras de telefonia móvel e fabricantes de todo o mundo. A  combinação - e disseminação - dessas tecnologias é fundamental para o crescimento do mercado de casas inteligentes, equipadas com sistemas de automação que podem ser comandados via internet.1,5 milhão de residências. No Brasil, o mercado de automação residencial também está em ritmo de expansão. "OS novos projetos aumentaram na proporção de 30% a 35% ao ano, nos últimos três anos", afirma o engenheiro José Roberto Muratori, diretor executivo da Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside). "O mercado potencial é de, no mínimo, 1,5 milhão de residências até 2015", acrescenta. Segundo a entidade, os preços dos equipamentos e soluções nessa área caíram pela metade, de cinco anos para cá. Em parte, isso se deve ao aumento da oferta, uma vez que o número de fornecedores do país (fabricantes e importadores) triplicou desde 2008. Aliados à evolução da tecnologia, que reduziu também os custos de instalação dos sistemas, esses fatores explicam o crescimento do mercado de automação residencial no Brasil. Muratori diz que a expansão do uso de redes sem fio (Wi-Fi) domésticas e, principalmente, o surgimento do iPad foram fundamentais para isso. "Os tablets e, depois, os smartphones passaram a ser usados como interface entre os dispositivos da casa e o sistema de automação", explica. "Por meio de alguns aplicativos que o próprio usuário pode baixar e de uma rede sem fio com boa cobertura e velocidade, é possível controlar tudo dentro e fora da casa", afirma o diretor da Aureside. Além disso, a integração com o mundo IP é essencial para a comunicação dos dispositivos e sistemas via internet. Compando pela TV A mobilidade é uma das principais vantagens do uso de tablets e smartphones como painel de controle do sistema de automação residencial. Eles permitem, entre outras coisas, abrir portas, controlar o ar-condicionado, as persianas e a iluminação dos diversos ambientes, de qualquer lugar da casa - ou até mesmo antes de chegar a ela. Essa comodidade tem estimulado o aumento da oferta de aplicativos desse tipo para dispositivos móveis. Muratori observa que, em 2011, os aplicativos para iPad dominaram a feira Predialtec, promovida anualmente pela Aureside. "Neste ano, a maioria das novidades teve como foco os dispositivos Android", acrescenta. A grande novidade da feira, porém, foi um software para smartTV que permite controlar o sistema de automação da casa pela televisão, utilizando gestos ou comando de voz. Desenvolvido por uma empresa brasileira especializada em automação residencial, o aplicativo será gratuito, mas precisará de um hardware específico (uma pequena caixa controladora) para executar as funções). Outro lançamento recente no país mostra que a automação residencial está despertando a atenção também das empresas do setor de móveis e decoração. Trata-se de um sofá com abertura retrátil, que pode ser controlada a distância, por meio do iPad ou iPhone. Assim, ao chegar a sua casa, além de encontrar a iluminação e o ar-condicionado na medida certa, o usuário ainda terá seu sofá na posição mais confortável.